Na fragilidade intensa da rigidez desmedida
Da obscenidade imensa posta à prova
Sou a sensibilidade cruel da volúpia exposta No amor explícito da carne erótica
Sem culpa, sou a delicadeza da tara oculta
Devassa, tamanha a obscena candura
Da carícia íntima, a mais tímida putaNa força descomunal, sou a afável afã da fadiga
Por entre pernas a mostra,
Me escondo vadia, sou a Virgem Maria
Que aos porcos e crentes excita
Despida de eufemismos, Eis que então me chamem:
Vida!
Patrick Monteiro