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Este blog é uma danação e possui a intenção de abalar irreversivelmente o seu sistema nervoso. Usando de técnicas psicológicas de violência estética e poesia, seu efeito estimulante danifica os neurotransmissores sociais e possui o mesmo impacto de uma anfetamina no metabolismo químico-cerebral de um homicida do ego. Com substâncias contrárias as utilizadas nos anestésicos de lobotomia, no Benzoato De Sódio e demais conservantes sociais, a dependência gerada a partir de sua ingestão constante, trará fortes alterações psíquicas e de comportamento. Seu aspecto diário e homeopático de insanidade, regula as euforias banais do cotidiano repressivo e a depressão consumista da pós-modernidade líquida (não podendo então ser digerido apenas como arte). Portanto, seus efeitos colaterais são de um estado neural póstumo, como seu autor e as pessoas que pensam - que ainda não estão mortas, não sendo recomendado para menores de idade, dependentes físicos e emocionais e vendedores de placebo. Não me responsabilizo pelos danos mentais, estado de “anarcocatatonia” e ejaculações multi-orgâsmicas provocadas após as exageradas overdoses poéticas.

O Algoz

Não tenho graça, credo, dinheiro, pudor, filantropia ou candura
Sou a vergonha cruel de uma sociedade estúpida e crua
Matarei os ideais dos poetas,

Pra evitarmos um contato intenso...
Ao invés de dar esmolas, darei camisinhas-de-vênus

Eis o amante miserável da vil intimidade,
Tamanha sinceridade, sou só, um doente crônico
Não me esconderei na máscara de ferro da honra ou da ruína
Prefiro o exagero contundente da morte do que uma triste mentira de anfetamina!
De tudo que não tenho, sobrou no algoz
A desgraça inox de não ser quem sou
Um romântico feroz, com a alcunha atroz do cárcere do amor



Patrick Monteiro