Elas trazem em suas faces,
Marcas sem consolo
Nem mesmo a dor ainda sentiram
E comigo querem dividir uma angústia?
Sem me perguntar o quê estou disposto a suportar?
Santifiquem seus temores
Orando pela salvação da alma,
Pois não conhecem a agonia
Observam-me como a compaixão dos tolos,
Com a tolerância
De quem troca olhares com um cachorro
Vagabundos
E eu?
Os correspondo com sorriso no rosto.Finjo compreender suas aflições
No íntimo, sinto um prazer promíscuo...
Também uso máscaras.
Se não vendi minha alma
Por um trocado que valha um tostão
Não me roubem a solidão
Se não podem me oferecer nada em troca.
Reconheço em seus rostos a mediocridade humana.Agora,
Fumarei um cigarro para saciar minha sede
De leitura e da literatura...
Pó-ética das emoções.
Fodam-se as boas intenções,
Está tudo em promoção, vejo suas ofertas do desprezo,
E sei bem o motivo, entre a solidão e vocês...
Prefiro a refinada presença de um livro.
Patrick Monteiro