Suas vulvas não são caixinhas de música,
E as peças não se encaixam como brinquedos,
Qualquer homem que se dedicou a conhecer o cativeiro,
Não encontrou problemas em desvendar seus segredos,
Pois então, não há mistérios a serem descobertos,
Seu corpo, não é si não um outro corpo,
Por onde o sangue circula.
Já lhes cortamos a pele com navalhas,
Nós já as estupramos sem culpa,
Durante séculos, viveram em nossas senzalas,
Como escravas de nossa tortura
Simplesmente não nos darão armas,
Não alimentarão mais nossa loucura
Os homens construíram as prisões,
Jogam as chaves fora das muralhas,
É hora delas nos declararem guerra
E derrubarem a barreira que nos separa
Em oposição a esta improvável razão que nos iguala
Em oposição a esta improvável razão que nos iguala
Patrick Monteiro