A taça vermelha cai...
Em partes, se dilacera...
A luz branca do mármore das farsas
Mede os pedaços da fera com réguas
Mede os pedaços da fera com réguas
Aparenta ser diamante,
Mas o licor é sangue
E este solo de gelo, tão ordinário,
Não sustenta a cor opaca de meus delírios...
Admito...
Que a pena das expectativas
São como as páginas de um livro
Pétalas de porcelana rasa,
Pétalas de porcelana rasa,
Não tem nenhuma importância
Pois nasceram para ser esmagadas
E como pequenos cacos de vidro
E como pequenos cacos de vidro
De tão bonitos, eu piso.
Mas como tudo,
Em contrapartida,
O que ainda há de sólido em mim,
Por delicadeza,
Não se fragmenta
Afunda em tormenta
Afunda em tormenta
Pois é concreto por leveza
Mesmo se pavimentassem o mar
Com geleiras,
Sob qualquer ponto de vista,
Esta fragil vidraça que nos separa da vida,
Nem a distância, suportaria
O peso de duas medidas
Patrick Monteiro