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Este blog é uma danação e possui a intenção de abalar irreversivelmente o seu sistema nervoso. Usando de técnicas psicológicas de violência estética e poesia, seu efeito estimulante danifica os neurotransmissores sociais e possui o mesmo impacto de uma anfetamina no metabolismo químico-cerebral de um homicida do ego. Com substâncias contrárias as utilizadas nos anestésicos de lobotomia, no Benzoato De Sódio e demais conservantes sociais, a dependência gerada a partir de sua ingestão constante, trará fortes alterações psíquicas e de comportamento. Seu aspecto diário e homeopático de insanidade, regula as euforias banais do cotidiano repressivo e a depressão consumista da pós-modernidade líquida (não podendo então ser digerido apenas como arte). Portanto, seus efeitos colaterais são de um estado neural póstumo, como seu autor e as pessoas que pensam - que ainda não estão mortas, não sendo recomendado para menores de idade, dependentes físicos e emocionais e vendedores de placebo. Não me responsabilizo pelos danos mentais, estado de “anarcocatatonia” e ejaculações multi-orgâsmicas provocadas após as exageradas overdoses poéticas.

Carta sem remetente ou a revolução dos cravos

Mesmo que a força da natureza

As arranque com seus "el ninhos"

Mesmo que em cio de silêncio,

O ventre da terra,

As consuma em redemoinhos

Mesmo que os pássaros

Utilizem-se delas

Para construírem seus ninhos

Mesmo que se tornem enfeite

Que sirvam de tapete

Sendo pisadas em desalinho

Mesmo que o solo termine só

Para que o caule da vida resseque

Com a lâmina do tempo, por canivete,

A podar-lhe o vinho

Ou mesmo que o vento as leve,

Junto com as folhas,

Nas águas dos rios que movem moinhos

As pétalas cairão

Sem machucar os espinhos



Neste dia então,

Por sensível delicadeza,

O homem em sua insustentável leveza,

Saberá que não mais está sozinho

Como as pétalas que caem por todo caminho