Mesmo que a força da natureza
As arranque com seus "el ninhos"
Mesmo que em cio de silêncio,
O ventre da terra,
As consuma em redemoinhos
Mesmo que os pássaros
Utilizem-se delas
Para construírem seus ninhos
Mesmo que se tornem enfeite
Que sirvam de tapete
Sendo pisadas em desalinho
Mesmo que o solo termine só
Para que o caule da vida resseque
Com a lâmina do tempo, por canivete,
A podar-lhe o vinho
Ou mesmo que o vento as leve,
Junto com as folhas,
Nas águas dos rios que movem moinhos
As pétalas cairão
Sem machucar os espinhos
Neste dia então,
Por sensível delicadeza,
O homem em sua insustentável leveza,
Saberá que não mais está sozinho
Como as pétalas que caem por todo caminho