No silêncio podre do bairro
Seus olhos cansados dos sonhos
Escreviam por versos embriagados
Só permitia penetrar-lhe o líquido
Que descia-lhe a garganta, pelo gargalo
Por deixar escapar por entre os dedos
Tudo que lhe fora insuportável
Censurava facilmente os lábios
Suave, somente o papel e a caneta
Que lhe substituía a ressaca do falo
Se houvesse recanto de sede,
Que pudesse, em lágrimas, derramá-lo
O tempo não lhe diria, em prantos de mágua:
Suave, somente o papel e a caneta
Que lhe substituía a ressaca do falo
Se houvesse recanto de sede,
Que pudesse, em lágrimas, derramá-lo
O tempo não lhe diria, em prantos de mágua:
Beba das palavras (seu bebado do caralho)!
Patrick Monteiro